O Rito Escocês Primitivo


O Rito Escocês Primitivo é um rito importado para a França por exilados jacobitas após a deposição do rei Jaime II Stuart, que se refugiou no castelo de Saint-Germain-en-Laye a partir de 1688.
Embora a origem da Maçonaria permaneça obscura, acredita-se que tenha surgido em algum lugar das Ilhas Britânicas durante o século XVII. Os reis Stuart parecem ter desempenhado um papel importante nesse desenvolvimento. Jaime VI da Escócia, que mais tarde se tornaria Jaime I da Inglaterra, reorganizou as antigas lojas operativas escocesas em 1598, por meio dos chamados Estatutos de Schaw.
Em 1593, ele já havia revivido a Ordem de Santo André do Cardo, originalmente fundada em 1314 por Robert Bruce e restaurada por seu pai, Jaime V, em 1540. Posteriormente, criou a Ordem da Rosa-Cruz Real com 32 cavaleiros da Ordem de Santo André do Cardo.
Não se pode omitir o papel de seu chanceler, Francis Bacon, autor de Nova Atlântida, obra na qual aconselha simbolicamente seu príncipe e descreve uma cidade ideal: a ilha de Bensalem, governada por uma sociedade filosófica e erudita chamada a Casa de Salomão.
No funeral de Jaime VI, em 1625, na Abadia de Westminster, o bispo de Lincoln, John Williams, comparou-o ao rei Salomão em seu discurso fúnebre.
A Maçonaria jacobita considera o legado dos Stuart como algo que vai muito além das antigas lojas operativas dos construtores, abraçando também a filosofia das "cidades ideais".